Atividades Pedagógicas

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Atividades Pedagógicas Professora Edelice

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa 
 - PNAIC  propõe a realização de um programa coerente com a perspectiva de formação docente crítica, reflexiva, problematizadora. Tais princípios envolvem um profundo respeito aos profissionais da educação e uma busca incessante pelo saber, que conduza a uma escola cada vez mais inclusiva, articulada com as comunidades onde se inserem.

Compartilhar é nossa principal meta. O trabalho conjunto, participativo, integrador, é o que se espera nesta jornada.

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa prevê, como uma de suas ações, a formação de professores alfabetizadores. Essa ação se dá por meio de um curso, que apresenta uma estrutura de funcionamento na qual as universidades, secretarias de educação e escolas deverão estar articuladas para a realização do processo formativo dos professores atuantes nas escolas, nas salas de aula.
Essa estrutura é composta por dois formadores diretamente sintonizados com os objetos de estudo e com a sala de aula, ou, como dizemos, com o chão da escola.
O primeiro, o professor formador, que realizará a formação dos orientadores de estudo, é vinculado às universidades públicas brasileiras. O orientador de estudos, por sua vez, organizará, com base nos mesmos princípios formativos, a formação dos professores atuantes nas escolas dos três primeiros anos, em diversas regiões do país. Esse “triângulo” formado, deverá estar muito bem articulado entre si, mobilizando diferentes saberes, os quais, de uma forma ou de outra, se materializarão em práticas escolares.

As estratégias formativas no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Como sabemos, a formação de professores está intimamente ligada às questões do conhecimento, do currículo, das mudanças culturais e das novas tecnologias. O desenvolvimento de uma cultura de formação continuada, seja na escola ou em rede, depende de diversos fatores, dentre eles, dos compromissos institucional e individual.
O compromisso institucional (do governo federal e das secretarias de educação) reside principalmente na necessidade de promoverem espaços, situações e materiais adequados aos momentos de trabalho e reflexão, compreendendo que a formação continuada não é um treinamento no qual se ensinam técnicas gerais a serem reproduzidas. Se concebemos os professores como sujeitos inventivos e produtivos, sabemos que eles não serão “repetidores” em suas salas de aula daquilo que lhes foi “aplicado” na formação para orientar a sua “nova” prática. Sabemos sim que, a partir de diferentes estratégias formativas, eles serão estimulados a pensar sobre novas possibilidades de trabalho que poderão incrementar/melhorar o seu fazer pedagógico cotidiano.

O compromisso individual é compreendido no sentido de o professor entender-se como pessoa que está sempre sendo desafiada a conhecer novos caminhos e a experimentar novas experiências. Nesse sentido, para o docente integrar-se a um programa de formação continuada é importante que ele saiba que essa decisão associa-se à idéia de que esse processo visa contribuir tanto para o seu crescimento pessoal, como profissional e não que essa seja apenas uma exigência ou formalidade institucional a ser cumprida.
Considerando esses fatores, as propostas formativas deverão buscar entender as diferenças pessoais e os diversos interesses que configuram os momentos de formação. Para tal, segundo Imbernóm (2010) é importante considerar, em uma ação de formação, o contexto no qual se dão as práticas educativas e formativas, e, a partir daí, planejar uma ação destacando os seguintes aspectos:
• Potencializar a autoestima e as habilidades sociais por meio de situações que necessitem o desenvolvimento de cordialidades, gentilezas e solidariedades;
• Favorecer a aprendizagem coletiva, de troca de experiências, evidenciando a pertinência de estratégias formativas que favoreçam a interação entre pares;
• Refletir criticamente a respeito da prática durante o andamento da formação;
• Compartilhar boas práticas;
• Executar estratégias formativas que assegurem a discussão de exemplos;
• Valorizar diferentes experiências;
• Escolher materiais de leitura que solidifiquem a compreensão dos fenômenos estudados.
A partir do conhecimento desses aspectos, pensamos em algumas estratégias de modo a atender aos princípios destacados acima. Ressaltamos, entretanto, que a diversificação das estratégias formativas é necessária no sentido de ampliar as oportunidades de envolvimento dos professores nos processos formativos como sujeitos ativos.
A proposta de organização da formação de professores no âmbito do Pacto contempla os princípios discutidos neste texto, concretizados em variadas estratégias de formação. Considerando a importância de termos determinadas estabilidades no processo formativo, sugerimos algumas estratégias permanentes (em todos ou quase todos os encontros).

• Leitura Deleite
• “Tarefas de casa e escola” e retomada do encontro anterior
• Estudo dirigido de textos
O estudo de textos é importante na medida em que eles possam contribuir para a reflexão e a compreensão de princípios que orientam as experiências práticas. Os conceitos, teorias, pressupostos da perspectiva sociointeracionista são focados por meio dos textos, mas outras abordagens teóricas são mobilizadas, de modo a ampliar os conhecimentos e aprofundamento em questões específicas do processo de alfabetização. Desse modo, nos textos que tratam da apropriação do sistema de escrita alfabética, são travados diálogos com a perspectiva construtivista. A busca pela articulação entre tal abordagem e o enfoque sociointeracionista ocorre por meio da explicitação dos pressupostos das duas abordagens que são articuláveis.
A quantidade de textos da seção Aprofundando de cada caderno é proporcional à carga horária a ser trabalhada. As unidades com 12 horas têm três textos e as de 08 horas, têm dois textos. Há, desse modo, um texto para cada momento da formação (4 horas).

• Planejamento de atividades a serem realizadas nas aulas seguintes ao encontro.
Refletir sempre a respeito do que é possível fazer em sala de aula, a partir do que foi trabalhado na formação, é muito importante. Para isso, o professor precisa analisar de maneira organizada suas condições e possibilidades de modificação ou readequação de procedimentos e intervenções em sua prática. A realização de atividades de planejamento de aulas, sequências didáticas ou projetos didáticos na formação favorece muitas reflexões e articulação com o estudo realizado na unidade, pois, ao planejar coletivamente, as dúvidas a as elaborações conceituais são explicitadas e discutidas pelo grupo.


• Socialização de memórias
Por meio da escrita e da leitura de memórias, os docentes relembram muitas experiências que marcaram seus percursos profissionais e suas identidades. Ela pode acontecer de maneira associada a um determinado aspecto a ser trabalhado na formação, como as memórias de alfabetização, ou abordando aspectos mais gerais. São propostas atividades de resgate de memórias realizadas oralmente ou por escrito. Tais memórias podem ser do tempo de infância, como estudantes, ou das experiências docentes. Desse modo, em diferentes situações, pode-se solicitar que os professores socializem se já vivenciaram determinadas experiências e analisem tais vivências com base em questões relativas aos temas de formação.

• Vídeo em debate
São sugeridos alguns programas com entrevistas, debates, cenas de sala de aula, que podem ser assistidos pelo grupo, para o aprofundamento de debates relativos a diferentes temáticas propostas na formação.
• Análise de situações de sala de aula filmadas ou registradas

• Análise de atividades de alunos
Esse tipo de análise permite que o professor entre em contato com as respostas de alunos diante de questões que lhes foram propostas. A análise das atividades dos estudantes pode ser utilizada principalmente para identificar as hipóteses das crianças sobre determinado conhecimento, bem como as possibilidades de encaminhamento e direcionamento da prática pedagógica. São sugeridas atividades de análise de textos das crianças, de respostas das crianças presentes em instrumentos de avaliação aplicados.

• Análise de relatos de rotinas, sequências didáticas, projetos didáticos e de planejamentos de aulas
A análise de relatos de rotinas, sequências didáticas e projetos didáticos favorece a reflexão sobre aspectos positivos e negativos vivenciados por professores ou sugestões de atividades propostas por esses ou presentes em livros didáticos. As situações já vivenciadas por outros profissionais e discutidas no coletivo podem servir como pontos de partida para se pensar nas próprias estratégias didáticas.
• Análise de recursos didáticos
Os recursos didáticos disponíveis nas escolas são potencialmente úteis no processo de ensino e nem sempre são utilizados/potencializados nas escolas. Por meio de situações de análise desses materiais pode-se estimular os usos, dando mais sentido aos programas em que tais recursos são distribuídos.
• Exposição dialogada
A atividade do professor durante a formação é o que garante o seu engajamento. Portanto, a valorização de seus conhecimentos é requisito fundamental para que a formação seja, de fato, transformadora. No entanto, não se pode deixar de lado a importância de sistematização dos saberes construídos. Por isso, em diferentes situações, a estratégia de exposição dialogada pode ser umas boas estratégias formativa

• Elaboração de instrumentos de avaliação e discussão de seus resultados
Essas ações devem acontecer continuamente em todo o processo formativo, pois o pressuposto básico é o de que a avaliação deve subsidiar o planejamento da ação docente. A discussão coletiva sobre os instrumentos de avaliação e sobre os resultados obtidos enriquece o olhar do professor para o que os estudantes são capazes de fazer, suas dificuldades e suas potencialidades.
• Avaliação da formação
Avaliar a formação é muito importante, para que o formador tenha informações que possam ajudá-lo a planejar melhor os encontros e melhorar naquilo que não se está dando conta. Por isso, é importante ter um instrumento que os professores possam, ao final do encontro, registrar sua avaliação. Tal instrumento não elimina a importância da conversa em grupo, para identificação de aspectos positivos e negativos da formação.

As estratégias formativas aqui apresentadas são propostas para serem pensadas pelos professores formadores e orientadores de estudo a partir de um determinado objetivo e planejamento a ser construído. Elas integram um conjunto de orientações sobre práticas formativas que podem compor um determinado planejamento de formação dentro de uma organização e uma estrutura própria e singular.
Essas estratégias são orientações norteadoras e não ações pré-determinadas que devam ser seguidas à risca pelos formadores. Ao contrário, elas devem ser (re)inventadas, (re)construídas e fabricadas a partir das diferentes realidades sociais nas quais estão inseridas as propostas de formação.

O planejamento da formação inclui também a elaboração e escolha dos materiais a serem levados para a formação (livros a serem analisados, jogos a serem vivenciados, lâminas a serem projetadas, dentre outros). Tudo precisa ser feito com antecedência, para que o tempo seja aproveitado da melhor maneira possível.

http://penaic2013turma1.blogspot.com.br/


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